Nossa vida passa por uma série de “despertares”. Um vislumbre da presença, toques de conexão, reconhecimentos internos, sensações de pertencimento à algo maior, o silêncio de quando a mente e o corpo estão mais integrados, são portas de entrada. É aí que o caminho começa a ser trilhado, a ser descoberto. Mas, isso não significa muito em termos de realização. O caminho é descoberto e precisa ser percorrido.
Ele é por toda vida. Ele vai purificando tudo aquilo que não somos. Ele vai nos auxiliando neste aprofundamento dentro da vida, curando, nos “tomando”. De início, os primeiros despertares, são doces como tâmara, mas na medida em que vamos de fato nos colocando no caminho, eles vão se tornando exigentes, às vezes austeros, noutras ardidos. Mas essencialmente, sempre revolucionários em termos de VERDADE e REALIZAÇÃO.
Facilmente confundimos pequenos despertares com a realização em si, e aí caímos na síndrome de iluminação prematura, termo de um amigo espiritual que cruzou meu caminho por um bom tempo! Dificilmente existe iluminação instantânea nesta era, e mesmo que exista uma facilitação imensa de processos internos, há que se reconhecer o caminho e humildemente caminhar.
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